quarta-feira, 21 de março de 2012

Salvação somente pela Graça


Todo homem natural luta contra a salvação pela graça. Embora não haja bem nenhum em nós, todos nós pensamos que temos; embora todos nós tenhamos quebrado a lei, e tenhamos perdido todo o direito de receber o favor divino, ainda estamos orgulhosos o suficiente para imaginar que não estamos tão mal quanto os outros, que há algumas circunstâncias atenuantes em nossas ofensas, e que podemos, de alguma forma, apelar à justiça, bem como para a compaixão de Deus. Assim, o apóstolo coloca tão fortemente: "Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie".

A declaração do texto significa exatamente isso, que todos nós precisamos de salvação – salvação dos nossos pecados, e salvação das conseqüências deles, e que se somos salvos não é por causa de quaisquer obras que já tenhamos realizado. Quem, entre nós, ao olhar para trás em sua vida passada, ousaria dizer que merece a salvação?
Nem somos salvos por causa de quaisquer obras previstas, que ainda estão para ser realizadas por nós. Nós não fizemos nenhuma barganha com Deus que desse a Ele tanto serviço para tanta misericórdia; nem Ele fez qualquer aliança conosco, nesse contexto, Ele livremente nos salvou; e se o serviremos, crendo como deveríamos, com todo nosso coração, alma e força, mesmo assim, não teremos espaço para nos gloriarmos, porque nossas obras são realizadas em nós pelo Senhor. “O que temos nós então que não tenhamos recebido?”

De um sermão de Charles Haddon Spurgeon, intitulado "Salvação Somente pela Graça", proferido 4 de agosto de 1872.

Tradução: Jair Kunzler
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